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Menino de 6 anos é a 13ª criança a fazer transplante de coração no HCM
22 Fev 2021 - Por Vinicius Lima reportagem no DHOJE Interior.
O Hospital da Criança e Maternidade (HCM) realizou neste domingo (21) o transplante de coração no paciente Vitor Ribas da Silva, 6 anos. O procedimento foi o 13º do tipo realizado na história do hospital e o segundo em 2021. Em janeiro, Maria Alice, de apenas um ano e um mês também recebeu um novo coração.
“São José do Rio Preto é a única cidade do interior que realiza transplante de coração de crianças. Todos os outros locais são capitais do Estado. Consideramos a cirurgia do Vitor um sucesso. Quando os batimentos voltaram, nós fizemos um exame que demonstrou um coração com funcionalidade boa, pressão pulmonar normal. Ele ficou muito bem, tanto que nesta segunda de manhã o Vitor já estava sem o tubo, conversando e pedindo comida”, afirmou o cardiologista e cirurgião cardiovascular Ulisses Croti.
O médico destacou a rapidez do transporte do órgão, realizado pelo helicóptero águia da Polícia Militar. O doador foi um homem de 24 anos de Ribeirão Preto. “Do momento em que coração parou lá, fizemos transporte e implantou aqui e colocou o coração para bater demorou 161 minutos e isso é bom, pois o tempo máximo que um coração pode ficar parado é de 240 minutos (quatro horas). O Águia nos trouxe com muita rapidez e quando o coração chegou aqui, o paciente já estava com o tórax preparado para retirar o coração doente e implantar o novo”, comentou.
Ulisses ainda explicou sobre a compatibilidade entre doador e receptor. “O Vitor tinha miocardiopatia dilatada, ou seja, é um coração que aumentou de tamanho. Por esse motivo, a criança pode receber um coração maior, podendo fazer um transplante com o doador tendo até três vezes o peso do paciente. Foi um coração extremamente compatível com o espaço que nós tínhamos. Existem alguns exames pré-operatórios que analisam a compatibilidade, sendo a tipagem sanguínea um dos fatores mais importantes”, comentou.
Vitor segue em acompanhamento médico na UTI do HCM, estável e com pouca medicação. O HCM e o Hospital de Base, desde 1992, quando ocorreu o primeiro transplante na Funfarme, contabilizam mais de 5.200 transplantes de coração, pâncreas, córneas, rins, fígado e medula.